sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A UNÇÃO DO ESPÍRITO


“...O Senhor vos consagrará...”
( Levítico 8.33)

Depois de seu batismo e tentação nosso Senhor se apropria das palavras do profeta após lê-las na sinagoga de Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu a proclamar as boas novas aos pobres” (Lucas 4.18). Há duas referências importantes nos Atos dos Apóstolos a respeito deste acontecimento: “Teu santo Filho Jesus, a quem ungiste” (Atos 4.27); “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder” (Atos 10.38). E assim como o Senhor, os discípulos: “Aquele que nos confirma convosco em Cristo, é Deus, que nos ungiu” (2 Coríntios 1.21).
Não é necessário dizer quão significativa era a relação entre a cerimônia da unção e todos os ofícios e ministérios importantes dos servos de Deus no Antigo Pacto. O sacerdote era ungido para que fosse santificado a Deus (Levítico 8.12); o rei era ungido para que o Espírito do Senhor repousasse sobre ele com poder (1 Samuel 16.13); o profeta era ungido para tornar-se oráculo de Deus para o povo (1 Reis 19.16).
Nenhum servo de Deus foi considerado idôneo para o ministério sem que fosse santificado desse modo. Nem mesmo para purificar um leproso se omitia esta cerimônia. Se exigia que o sacerdote molhasse o seu dedo direito no azeite que tinha em sua mão esquerda, e o pusesse sobre o lóbulo da orelha direita, e sobre o polegar da mão direita e o polegar do pé direito daquele que havia de ser limpo; “Azeite sobre o sangue da expiação pela culpa” (Levítico 14.14-17).
Assim, com exatidão divina, predisseram a dupla provisão divina para a vida cristã, a purificação pelo sangue e a santificação pelo óleo  a justificação em Cristo, e a santificação no Espírito.
Se perguntarmos o que é esta unção a resposta é obvia  é o Espírito Santo. Assim como Ele era antes o selo que nos atestava, agora é o óleo que nos santifica  o mesmo dom descrito por diferentes símbolos.
E assim como Arão foi ungido primeiro para que pudesse ungir a outros, também o foi o nosso grande Sumo Sacerdote. Aquele que está dentro do Véu, e concede o Espírito Santo aos seus, e os habilita a ser “raça escolhida, um sacerdócio real, nação santa e povo de sua propriedade exclusiva” (1 Pedro 2.9).
No Novo Testamento Jesus Cristo é chamado contínuas vezes de “O Santo”. E por ter Ele sido enviado para comunicar o Espírito Santo ao povo, estes são feitos participantes tanto de sua sabedoria como de sua santidade.
É um privilégio e dever de todo cristão reclamar um “ungimento” distinto do Espírito a fim de preparar-se para o ministério. Deixai que o Espírito de Deus os dirija, de modo que os faça derramar em salmos, hinos e cânticos espirituais.
Seja a vida cristã toda em Cristo, por meio do Espírito Santo, e para a glória de Deus.

                                                                                       Pr. Reuel Pereira Feitosa

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