quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

PAZ; UMA DÁDIVA DO CÉU

O mundo está em conflito.
Enquanto erguemos monumentos À paz, investimos mais na guerra. Enquanto falamos
da necessidade de paz, armamo-nos até aos dentes, preparando-nos para
os mais encardidos combates. As tensões se agigantam entre as nações,
dentro das famílias e até mesmo no sacrário da nossa alma. Somos uma
guerra civil ambulante. O homem está em conflito com Deus, com seu
próximo e consigo mesmo. A paz será sempre um sonho utópico até que
reine o Príncipe da paz.

A paz com Deus é a fonte e a paz de Deus é o fluxo que corre dessa fonte.

Mas,
o que de fato é a paz com Deus? Ela é fruto da justificação, e
justificação é um ato jurídico de Deus, declarando-nos inocentes e
inculpáveis diante do seu tribunal, em virtude do sacrifício
substitutivo de Cristo, em nosso favor e em nosso lugar. Mediante a
justificação, ficamos quites com a lei de Deus e com a justiça divina,
não pesando mais sobre nós nenhuma condenação. Nossos pecados não são
imputados a nós, pois foram lançados sobre Jesus na cruz e toda a
justiça de Cristo é transferida para o nossa conta, de tal maneira que
somos justificados no tribunal de Deus. A justificação é um ato e não
um processo; é feito no tribunal de Deus e não no nosso coração. Ela
não tem graus, uma vez que todos os salvos são de igual forma
justificados com base nos méritos de Cristo Jesus. Por isso, a paz com
Deus é a mesma para todos os remidos. Nenhum salvo tem mais paz com
Deus do que outro. Todos estão de igual forma reconciliados com Deus
por meio de Cristo Jesus.

Já a paz de Deus difere de crente para
crente. Nem todos os salvos a experimentam com a mesma intensidade. Ela
não é um estado, mas um sentimento, fruto do nosso estreito
relacionamento com Deus. Paulo diz que a falta dessa paz deixa o
coração e a mente vulneráveis à ansiedade. A ansiedade é uma espécie de
estrangulamento da alma, quando somos sufocados pelas tensões que
chegam das circunstâncias, dos relacionamentos estremecidos e da
preocupação com as coisas materiais. Quando buscamos a Deus em oração e
o adoramos, dando graças por sua bondade, a ansiedade precisa bater em
retirada e, a paz de Deus, como uma sentinela divina, passa a guardar
nosso coração e a nossa mente em Cristo Jesus. A paz de Deus é uma
fortaleza ao redor da nossa mente e do nosso coração, da nossa razão e
dos nossos sentimentos. A paz de Deus é aquele descanso interior, em
saber que Deus está no controle, que nossa vida está em suas mãos,
mesmo quando as circunstâncias ao nosso redor estão tempestuosas. Não
precisamos ser prisioneiros da ansiedade. Se já fomos reconciliados com
Deus, já temos a paz com Deus, e agora, podemos experimentar a paz de
Deus!

Fonte: Hernandes Dias Lopes

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