quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A PRÁTICA...

Quem pode
entender realmente o amor, até que ele seja visto em ação - Joe
Hale
U m princípio inevitável na vida é
que você termina por se transformar em tudo aquilo em que você se envolve,
pratica. Se você tem o hábito de ficar tenso quando as coisas parecem não ir
bem; se reage repetidamente à crítica, sempre tentando se defender; se se
comporta como se a vida fosse um eterno sistema de emergência, então
infelizmente a sua vida será um reflexo desses hábitos, porque afinal de contas,
o que você tem insistido em praticar é a arte de se frustrar. Por outro lado, se
você manifesta qualidades como compaixão, paciência, bondade, humildade,
compreensão, domínio próprio, você irá naturalmente corporificar tais virtudes.


A pergunta fundamental a ser respondida é esta: Onde está a sua prática?
Como você está investindo em seu tempo? Tem, afinal, cultivado hábitos que estão
colaborando com seus propósitos e alvos de vida? Faça a você mesmo essas
perguntas e responda-as com toda a honestidade, porque serão elas que irão lhe
dar a estratégia capaz de lhe conferir maior utilidade.

As virtudes
assinaladas acima são virtudes que partem do coração de Deus. Quero encorajá-lo
no dia de hoje a se assemelhar ao rosto do Pai, ao exibir a fragrância de quem
toda boa obra emana, e em quem todo bom propósito existe.
Meditação:
as o fruto
do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há
lei. Gálatas 5:22,23
Entenda que se você esta lendo esta mensagem e porque DEUS tem um projeto na tua vida.Por isto o louve e testemunhe a sua grandeza no meio da terra entre os homens.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

O EXEMPLO DAS LEGIÕES CELESTES


O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, fez nesta última quarta-feira um movimento de reaproximação com a bancada Evangélica. O discurso teve o objetivo de frear manifestações contrárias à ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, histórica defensora da legalização do aborto. Na ocasião, o ministro revelou uma mensagem da presidente Dilma Rousseff de que mantém todos os compromissos assumidos com o setor durante a campanha eleitoral, como o de que o governo não irá patrocinar mudanças na atual legislação sobre o aborto. O ministro ainda pediu desculpas aos integrantes da Frente Parlamentar Evangélica pelo efeito de declarações dadas durante o Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre. Na ocasião, ele falou sobre o crescimento da comunidade Evangélica, em especial na classe C e da necessidade midiática de confrontá-la. O ministro fora chamado de safado pelo senador Magno Malta, da bancada Evangélica, que ameaçou conclamar todos os cristãos a reagirem, realizando grandes passeatas “em defesa da vida”.
O episódio confirma uma tese que tenho exposto com alguma frequência, de que os chamados Evangélicos são hoje a única força organizada de resistência ao processo de decadência ética e moral a que a sociedade brasileira está submetida. Como católico, lamento que a minha igreja - mas felizmente ainda não os fiéis - esteja infiltrada de religiosos marxistas, em suas novas roupagens e matizes. Entristecido, constato a omissão e até conivência de parte expressiva dos dirigentes da Igreja Católica brasileira, no que se refere à degradação dos valores cristãos tradicionais da nossa sociedade.
À exceção da Igreja Universal do Reino de Deus, praticamente alinhada com os grupos de esquerda ora no poder, as demais Igrejas Evangélicas, com sua imensa capacidade de mobilização, representam uma importantíssima força viva no cenário nacional.
A Frente Parlamentar Evangélica, constituída por mais de setenta congressistas, entre deputados federais e senadores de diferentes organizações partidárias, tem atuado unida na defesa de vários princípios religiosos inerentes ao cristianismo.
A expressão - e o peso político - desse grupo pode ser avaliada pelo imediato recuo de elementos do atual governo federal, como o ministro Gilberto Carvalho e a própria presidente Dilma. Não deve ter sido fácil para um governo ateu pedir “perdão” aos nossos irmãos Evangélicos. Mas não se iludam com a falsa nobreza de tal gesto. Na verdade foi apenas um recuo tático. A guerra dos materialistas contra a cristandade está declarada. Espera-se, a exemplo do que aconteceu na Igreja Católica, a infiltração sorrateira de inimigos de Deus no seio das comunidades Evangélicas. A tática inicial é bem conhecida: aproveitar-se do perfil intimista dos cristãos, muito voltados para o trabalho de evangelização e “pregar” no seio das comunidades uma atitude meramente contemplativa no que se refere às “coisas do mundo”. Ou seja, uma forma subliminar de alienação do crente e transformá-lo num “rebanho” dócil e de fácil condução. Outro provável procedimento dos ímpios será (como aliás foi mencionado pelo ministro Gilberto Carvalho) usar a mídia controlada para atacar os Evangélicos, criando “escândalos” (corrupção, pedofilia envolvendo pastores, etc), bem como os classificando de retrógrados e ignorantes. Observem como as redes sociais já estão infestadas de grupos que detratam os cristãos.
O episódio do pedido de “perdão” do ministro ateu, merece outro enfoque. É o reconhecimento da necessidade de representação política. Um dos equívocos da Revolução de 1964 foi a frustrada tentativa de “corrigir” a classe política. Os chamados governos militares não se preocuparam adequadamente com a formação de novas lideranças políticas - especialmente no meio universitário e acadêmico - para oxigenar o Poder Legislativo. O resultado, é que meio século depois, ainda somos “assombrados” (e até governados...) por remanescentes daquele sistema.
A Frente Parlamentar Evangélica, como representação política, é um exemplo que pode e deve ser seguido por outros segmentos da sociedade brasileira. Inclusive por nós, militares da reserva das Forças Armadas.
Acredito firmemente que temos um enorme potencial de formar uma frente parlamentar que represente o pensamento de milhões de brasileiros insatisfeitos com a atual classe política. Seria uma nova proposta dentro da mesmice lamentável que há décadas predomina no legislativo. Oxigenar, renovar, substituir, melhorar. Revelar ao povo o imenso contingente de bons brasileiros que aí estão, quase sempre incógnitos, mas que ao primeiro toque de reunir se aglutinariam para lutar o bom combate.
Claro que não seria fácil. Mas porque não encarar os obstáculos como decorrentes do esforço para o cumprimento da missão? Assim não fomos preparados? Anos a fio não demos sangue, suor e lágrimas pela nossa pátria? Será que a passagem para a reserva representa, necessariamente, o abandono de todo esse ideário?
Uma das causas dessa postura de omissão é decorrente da doutrina (correta no passado, equivocada nos dias atuais) de incutir nos militares a visão de que são apolíticos. Na democracia, ser apolítico é negar a cidadania. Temos que ser políticos, deixar surgir, naturalmente, as lideranças que nos irão defender e representar nos Poderes Públicos. É evidente que não me refiro a permitir ações partidárias em organizações militares, o que será sempre indesejável. Mas há que se criar uma cultura política no meio militar. Onde a prática política seja vista como missão cívica e ação patriótica, ainda que fora dos quartéis ou da carreira.
Hoje é comum em nossos círculos torcermos o nariz quando algum companheiro manifesta a vontade de ingressar na política. Considero uma atitude lamentavelmente equivocada, cuja consequência é o isolamento cada vez maior dos militares na sociedade e o irremediável afastamento do centro de poder nacional.
Claro que reconheço o acerto em manter as Forças Armadas afastadas da política. Mas considero que seria estrategicamente adequado estimular os militares a participarem, na inatividade, de ações político-partidárias. Quem sabe, até mesmo, preparando-os para as novas missões. Na Reserva, somos um imenso Exército de bons brasileiros, assistindo, quase sempre passivamente, à desintegração da sociedade nacional, engolida por um processo de mudança que não se coaduna com os princípios e valores que forjaram o nosso país e que tão bem nos foram passados na caserna. Que o exemplo das legiões celestes dos Evangélicos possa nos inspirar na luta pela retomada dos destinos do Brasil.
*Sérgio Pinto Monteiro.
*o autor é professor, historiador e Oficial da Reserva Não Remunerada do Exército Brasileiro. É presidente do Conselho Nacional de Oficiais R/2 do Brasil e membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil e do Instituto Campo-Grandense de Cultura. É autor do livro “O Resgate do Tenente Apollo” (Ed. CNOR, 2006)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A OBRA CONTINUA...

Pr. Reuel Pereira Feitosa.


No demais, irmãos meus, fortalecei-vos
no Senhor e na força do seu poder...
...com toda a perseverança e súplica... (Efésios 6.10 e 18b)

Aqueles jovens chegaram cheios de sonhos e tremendas ilusões. A paz e amor que buscavam, o mundo novo que sonhavam, não se concretizaram nos baratos das drogas, no amor irrealizado e na esperança que se desfazia como bolhas de sabão...
Mas, de repente, se viram face a face com o “Anjo’. Lutaram com ele, batalharam até conseguirem uma vitória disputada, doída e muito apertada, nos braços d'Aquele que não era outro senão o próprio Senhor Jesus.
O nome deles foi mudado, os propósitos do coração e o caráter. Mas as marcas ficaram... manquejantes prosseguiram heroicamente sua jornada. Essa pequena desvantagem foi compensada pela bravura, determinação e a convicção de quem ousa a ponto de lutar com Deus. Homem nenhum lhes pode barrar o caminho, pois eles já se aventuraram por todas as vielas, becos, e passagens escusas da existência humana, e descobriram que é preciso arriscar tudo em Deus!
Peniel 40 Anos é a soma das lutas dessa gente e a força desse povo. Em tudo semelhante à nação surgida de Jacó, cujo nome agora é Israel, filhos de um encontro Face a Face com Deus (Gênesis 32.26-32). Esse povo hoje se espalha em cada Igreja, cidade, Estados, países e Continentes. Bem mais que uma Igreja, Peniel é uma Obra gerada, formada e conduzida pelo próprio Deus. Quem vê a Deus face a face, nunca mais será o mesmo.
- Qual é o propósito do Senhor para esse povo neste novo tempo?
A nós não pertence saber os tempos ou as estações que o Pai determinou pelo seu próprio poder (Atos 1.7), respondeu Jesus. O Deus Soberano que até aqui nos liderou tem no coração os Seus projetos, e o futuro está em suas mãos. E, se Ele nos conduziu tão maravilhosamente até aqui, o que não podemos esperar? O amanhã, que hoje começa, será muitas vezes maior.
Guarde a unidade do Espírito, mantenha acesa a lâmpada da Palavra, segure firme a sua espada. Os novos tempos pedem as compaixões de Deus, as misericórdias de Jesus Cristo e a ousadia do seu Espírito Santo.
Agradeçamos ao Senhor por termos chegado até aqui - devemos tudo a Ele. Supliquemos que Ele nos guarde, permaneçamos firmes e unidos, e prossigamos em nossa missão.
Os sonhos são humanos, e passam; Mas Deus age. E nos usa.
A Obra continua...


Pr. Reuel Pereira Feitosa

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

ACHEI DAVI...

Pr. Efraim.



"...Achei a Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade." - Atos 13:22.




- No livro de João 4:23-24, diz que Deus está a procura de verdadeiros adoradores, aqueles que o adorem em espírito e em verdade. A palavra empregada aqui é Aletheia e é o oposto de fictício, fingido ou falso. Denota veracidade, realidade, sinceridade, exatidão, integridade, confiança e propriedade.

- Uma coisa é buscar a Deus, outra coisa é ser buscado por Ele. Deus está a procura de verdadeiros adoradores!

Características de pessoas que Deus procura:

1."...Homem"

- Deus está procurando homens de verdade(Êx 18:21).



- "Homem" aqui, não se refere a sexo, mas no sentido de maturidade, seriedade, compromisso, responsabilidade, disposição para aprender, alguém de palavra.

- Deus não procura "crianças"(imaturidade)!Normalmente são aquelas pessoas que sempre dizem "não quero", "não gostei", "não vou fazer", etc; é o famoso "crente chupetinha"!

- Deus está buscando uma Igreja comprometida, madura, santa e irrepreensível, sem mácula, sem mancha e sem ruga (Ef 5:27).

- Quando falamos de adoração, logo lembramos de Davi, e este tinha uma característica - estava cuidando das ovelhas de seu pai (I Sm 16:11).

- Aqui, podemos aprender uma lição prática:Nós, músicos, precisamos aprender andar com pessoas, cuidar delas, conhecer as necessidades da nossa igreja e dos nossos pastores, em vez de sermos egoístas pensando apenas em nós e no "nosso ministério"!

- Mais adiante, Davi comentou com Saul que havia matado um leão e um urso em defesa das ovelhas de seu pai (I Sm 17:34-35). Seu pai nunca pediu que colocasse em risco sua própria vida em defesa das ovelhas e nem acharia ruim se ele não fizesse isto, mas Davi teve esta atitude porque era uma pessoa responsável.

- Deus procura pessoas assim, que não desistem dos desafios na primeira dificuldade que surge! Existem pessoas que enxergam problema e dificuldade em tudo!

- O que lhe é pedido nunca pode ser feito porque sempre encontra algum impecílio,"não posso carregar a caixa de som...", "não posso isso...", "não posso aquilo...", etc; sempre há uma desculpa, mas quem têm "desculpas" não têm frutos!

- O homem quando é homem de verdade gosta de responsabilidade e parte para os desafios para vencer! Existem pessoas que desistem fácil dos desafios, normalmentes são aquelas que nunca terminam aquilo que começaram a fazer.

- O gigante Golias enfrentava Israel dizendo:"Daí-me um homem..." (I Sm 17:10); em outras palavras, "Tem homem aí...?". Existem muitos músicos que fogem dos desafios, mas Davi se colocou à disposição e matou o gigante Golias (I Sm 17:23-52).

2. "...segundo o meu coração..."

- Significa, Ter a forma do coração de Deus, que saiu do coração, formato do coração de Deus. Ter o formato do coração de Deus é agir como Ele age, sentir como Ele senti e pensar como Ele pensa!

- Para termos o formato do coração de Deus precisamos conhecê-lo, tendo intimidade e relacionamento com Ele (Sl 25:14). Precisamos aprender a conhecer Sua voz!

Em Romanos 12:2, diz "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".

- Não vos conformeis, significa, não devemos tomar a forma de. Estamos neste mundo mas não pertencemos a este mundo! Pertencemos ao Reino de Deus!

- Davi era um homem segundo o coração de Deus porque tinha um coração quebrantado(Sl 51:17) e sempre estava disposto a aprender.

- Uma das características de uma pessoa quebrantada é que ela deseja andar no Temor do Senhor, que significa, levar Deus a sério!
- Davi pecou contra Deus: cometeu adultério, matou, mentiu, traiu sua nação, cometeu vários erros em julgamento, era um mau administrador e, por fim, era incapaz de cuidar de sua casa.

- Então, como dizer que Davi era um homem segundo o coração de Deus? A resposta está no fato de que, a cada erro, Davi se arrependia; e de modo igualmente importante, ele aprendia com seus erros.

- Era humilde e pronto a aprender, e também escutava seus críticos e seus inimigos; e, antes de mais nada, seguia os profetas de Deus. Esta humildade e esse espírito pronto a aprender são as características que fizeram com que Deus o classificasse como o melhor líder de Israel.

3. "...que fará TODA a minha vontade."

- Devemos ser obedientes a voz do Senhor!Se não formos obedientes a Sua voz seremos rebeldes, e a Bíblia diz que "a rebelião é como o pecado de feitiçaria" (I Sm 15:23).

- A palavra toda, significa TODA!!! Existem duas vontades no universo, a de Deus e a do diabo. Por isso Jesus disse: "Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha".

- Não podemos servir a dois senhores (Mt 6:24), portanto, ou estamos servindo e obedecendo a Deus, ou ao diabo; ou estamos fazendo a vontade de Deus ou a do diabo! Não existe meio termo.

- Será que estamos no centro da vontade de Deus? Para sermos obreiros aprovados (II Tm 2:15) precisamos estar no centro da vontade de Deus!

- Não basta sermos usados por Deus, pois Ele usa quem quiser e a hora que quiser, precisamos ser aprovados por Ele.

- Tem muita gente que está sendo usada, mas não está sendo aprovada por Deus, pois não estão no centro da Sua Vontade! E a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Rm 12:2) sob o prisma Dele, mas para nós muitas vezes não é fácil e nem agradável!

- Aplicando esta realidade no ministério da música, podemos perceber que existe tanto a parte "boa" como a "amarga" com relação a nossa participação no ministério. Tem gente que só se interessa pela parte "boa"!

- Precisamos aprender a comer o "cordeiro todo", como foi a orientação de Deus à Moisés para o povo de Israel no Egito (Êx 12:1-14), e isso implica partes boas e partes duras, ruins e amargas.

- Estamos dispostos seguir a orientação de Deus? Vão existir momentos em que teremos que realizar coisas que não queremos, mas faremos porque é a vontade de Deus para a nossa vida, e o que mais importa é obedecê-lo e realizar a Sua Vontade! Deus continua procurando verdadeiros adoradores!



Deus abençoe a todos

A MORTE DE UMA IGREJA

Pr. Gilberto Mynssen



As sete igrejas da Ásia Menor, conhecidas como as igrejas do Apocalipse, estão mortas. Restam apenas ruínas de um passado glorioso que se foi. As glórias daquele tempo distante estão cobertas de poeira e sepultadas debaixo de pesadas pedras. Hoje, nessa mesma região, há menos de 1% de cristãos. Diante disso, uma pergunta lateja em nossa mente: o que faz uma igreja morrer? Quais são os sintomas da morte que ameaçam as igrejas ainda hoje?
Em primeiro lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela se aparta da verdade. Algumas igrejas da Ásia Menor foram ameaçadas pelos falsos mestres e suas heresias. Foi o caso da igreja de Pérgamo e Tiatira, que deram guarida à perniciosa doutrina de Balaão e se corromperam tanto na teologia quanto na ética. Uma igreja não tem antídoto para resistir à apostasia e à morte quando a verdade é abandonada. Temos visto esses sinais de morte em muitas igrejas na Europa, América do Norte e também no Brasil. Algumas denominações históricas capitularam-se tanto ao liberalismo quanto ao misticismo e abandonaram a sã doutrina. O resultado inevitável foi o esvaziamento dessas igrejas por um lado ou o seu crescimento numérico por outro, mas um crescimento sem compromisso com a verdade e com a santidade.
Em segundo lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela se mistura com o mundo. A igreja de Pérgamo estava dividida entre sua fidelidade a Cristo e seu apego ao mundo. A igreja de Tiatira estava tolerando a imoralidade sexual entre seus membros. Na igreja de Sardes não havia heresia nem perseguição, mas a maioria dos crentes estava com suas vestiduras contaminadas pelo pecado. Uma igreja que flerta com o mundo para amá-lo e conformar-se com ele não permanece. Seu candeeiro é apagado e removido.
Em terceiro lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela não discerne sua decadência espiritual. A igreja de Sardes olhava-se no espelho e dava nota máxima para si mesma, dizendo ser uma igreja viva, enquanto aos olhos de Cristo já estava morta. A igreja de Laodicéia considerava-se rica e abastada, quando, na verdade, era pobre e miserável. O pior doente é aquele que não tem consciência de sua enfermidade. Uma igreja nunca está tão à beira da morte como quando se vangloria diante de Deus pelas suas pretensas virtudes.
Em quarto lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela não associa a doutrina com a vida. A igreja de Éfeso foi elogiada por Jesus pelo seu zelo doutrinário, mas foi repreendida por ter abandonado seu primeiro amor. Tinha doutrina, mas não vida; ortodoxia, mas não ortodopraxia; teologia boa, mas não vida piedosa. Jesus ordenou a igreja a lembrar-se de onde tinha caído, a arrepender-se e a voltar à prática das primeiras obras. Se a doutrina é a base da vida, a vida precisa ser a expressão da doutrina. As duas coisas não podem viver separadas. Uma igreja viva tem doutrina e vida, ortodoxia e piedade.
Em quinto lugar, a morte de uma igreja acontece quando lhe falta perseverança no caminho da santidade. As igrejas de Esmirna e Filadélfia foram elogiadas pelo Senhor e não receberam nenhuma censura. Mas, num dado momento, nas dobras do futuro, essas igrejas também se afastaram da verdade e perderam sua relevância. Não basta começar bem, é preciso terminar bem. Falhamos, muitas vezes, em passar o bastão da verdade para a próxima geração.
Um recente estudo revela que a terceira geração de uma igreja já não tem mais o mesmo fervor da primeira. É preciso não apenas começar a carreira, mas terminar a carreira e guardar a fé! É tempo de pensarmos: como será nossa igreja nas próximas gerações? Que tipo de igreja deixaremos para nossos filhos e netos? Uma igreja viva ou igreja morta?

Escrito por Hernandes Dias Lopes

Rev. Hernandes Dias Lopes é bacharel em Teologia pelo Seminário do Sul, Campinas/SP, e doutor em Ministério pelo Reformed Theological Seminary de Jackson, no Missisipi, nos Estados Unidos. Pastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória desde 1985. É conferencista e escritor, com mais de 70 livros publicados.