“...E estendendo a mão, tocou-o...” - (Marcos 8.3a)
Tudo o que Ele toca é feito novo. Completamente como se tivesse nascido naquele instante. A pele do leproso recebeu um toque de vida, apesar de seu estado de continua decomposição.
Ele não tocou suas mãos em Lázaro sepultado, mas a Sua voz bateu nos seus ouvidos penetrando os recônditos da morte proclamando vida.
Nada permanece como era antes quando Jesus Cristo chega.
Tudo é novo n'Ele.
Nada se repete e nada se copia.
Quando Ele chega, a natureza à volta se submete à mão modeladora original. Como no princípio, ao som de Sua voz, as leis se curvam perante o seu Criador.
Os pães vão se multiplicando enquanto Ele rasga os pedaços. A singularidade multiforme das coisas divinas vai acontecendo aos olhos espantados das multidões.
As mesmas mãos apontavam ao cego o caminho do Tanque de Siloé. E Ele disse:
- Vai lá e lava-te. E ficarás curado.
As ondas que pareciam engolir o barquinho, e o vento que levantava as águas revoltosas, precisaram recuar. E Ele apenas ergueu a mão e ordenou que se aquietassem...
As Suas mãos foram pregadas naquele madeiro. Os Seus braços abertos para a eternidade. Seu sangue se perdia gota a gota, encharcando a terra. Sua cabeça pendia para baixo. Com o Seu olhar compassivo dizia da multidão desvairada:
- Pai, perdoa-lhes. Não sabem o que fazem.
As mãos ensanguentadas, suspensas um pouco acima de sua cabeça curvada; os pés rasgados pelos cravos dilacerantes faziam d'Ele um estranho e inolvidável toque entre o céu e a terra. As mãos abriam-se à eternidade, os pés cravados rompiam madeira terra à dentro, aprofundando-se para sempre nas entranhas do planeta.
Já não eram apenas as mãos, nem mesmo os pés, mas Seu corpo por inteiro cobrindo o espaço infinito levando-nos de volta a Deus.
Há um novo homem, uma nova mulher; uma nova terra e um novo céu. Nada é antigo, envelhecido, passado, cansado; doente ou ferido; condenado ou perdido; nada morre onde Ele está.
O que Ele toca, é novo e vive plenamente.
Receba esse toque.
Deus abençoe você.
Pr. Reuel Pereira Feitosa
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